Apesar de já estarmos em 2021, o ano letivo ainda não começou e muitos educadores estão desinformados em relação ao que acontecerá com as aulas, ou seja, a modalidade de ensino será com aulas presenciais, remotas ou híbridas?
Independentemente da modalidade, é sabido que o ano de 2020 foi um ano de superações e conquistas, tanto por parte dos educadores quanto por parte dos educandos, reforçando que nenhuma grande mudança se faz sem o poder da educação.
Dito isso, para este ano, o que poderemos esperar de nossa educação?
Possibilidades para trabalhar a educação em 2021
Como Nietzsche dizia, o que não me mata me fortalece. Assim sendo, neste ano letivo, começaremos ainda mais fortalecidos e esperançosos para uma educação de qualidade. De acordo com o livro Gestão Afetiva: Sistema Educacional e Propostas Gerenciais, publicado pela WAK em 2020, este ano será a oportunidade de oferecer uma educação como transformação da sociedade.
Assim sendo, esta educação, independente da modalidade, deverá perpassar pela humanização, já que implica em uma melhor socialização, respeito e civilização.
A gamificação também é um fator que pode ser trabalhado pelas escolas este ano, já que se baseia na ludicidade, e o lúdico tem a função de contribuir no processo formativo da personalidade do educando, por ter o seu fulcro na contribuição do desenvolvimento harmonioso de todas as capacidades físicas e intelectuais do educando, trabalhando assim os dois mundos, o real e o imaginário, instigando a curiosidade e a autonomia, buscando concomitantemente o conhecimento.
Dito isso, pode-se perceber que o lúdico é uma forma emancipadora de recriação do sujeito e não na sua esterilização como cidadão crítico e ativo, pois ele serve como instrumento para inserção da criança na cultura, no processo educativo, na linguagem humana, valorizando as principais características infantis.
Desta forma, pode-se trabalhar também o conceito de cultura maker, que visa a criatividade de nossos educandos; e esta poderá ocorrer por analogia, trocas de ideias, instigando a criatividade, colaboração, sustentabilidade e escalabilidade.
É interessante perceber que, na cultura maker, está inserido um poder de realização, o que alavanca a autonomia e a vontade de fazer algo útil mediante a soluções relacionadas a problemas locais e situacionais.
É importante observar que a cultura maker direciona o educando para a aprendizagem de conceitos como gestão do conhecimento, que trabalha com o conhecimento compartilhado, e será através dessa cultura que os educandos conseguirão assimilar a tecnologia com o intuito de transformar o seu entorno e aprenderão fazendo, conhecendo e desenvolvendo suas habilidades, sendo assim a alavanca para a imaginação e a criatividade.
Outro fator importante que deve ser levado em consideração neste ano é um ambiente de programação, utilizando plataformas que trabalham com blocos.
Certamente que, para inserir o educando neste ambiente, faz-se necessário trabalhar raciocínio lógico, bem como lógica de argumentação e lógica proposicional, focando assim novas metodologias voltadas para ensino ativo e inovador.
Ciência, saúde mental e a relação família-escola pela educação
A ciência deve ser o braço forte da educação de qualidade, ou seja, ela tem que tirar o educando da completa ignorância em que está, fazendo com que ele adentre a seara do conhecimento, tendo como norte um desenvolvimento moral amparado pela ética, sobrepondo desta forma os preconceitos e relativizações, que ignoram estudos científicos e usam de adágios e opiniões néscias.
Levando em consideração que o conceito de saúde não é simplesmente a ausência de doença, pois a saúde engloba um bem-estar físico, mental e social, então a educação para este ano tem que encontrar formas de se trabalhar a saúde mental, já que nesta saúde está refletido como a pessoa reage às exigências impostas pela vida, e há de convir que este isolamento implicou algumas mudanças comportamentais e, em concomitâncias, atitudinais.
A saúde mental leva em consideração uma qualidade de vida tanto mental quanto emocional, e nós educadores precisamos trabalhá-la, já que estatísticas levantadas por uma pesquisa realizada pelo Datafolha esclarecem que 11 milhões de alunos podem evadir da escola em 2021 e 30% dos pais ou responsáveis têm medo de que isto se efetive.
A saúde mental se faz relevante por possibilitar que as pessoas lidem melhor com as emoções positivas e negativas, aprendendo a contornar situações de estresses e frustrações, com subsídios que possibilitem um equilíbrio para um bem viver coletivamente.
É interessante perceber que a parceria família/escola deverá estar com um elo mais reforçado, o que é corroborado no livro Escola não é depósito de crianças: a importância da família na educação dos filhos, publicado pela WAK em 2012, quando esclarece que, por ser a educação um processo de construção do indivíduo, esta construção tem como base a atuação da família e da escola.
A escola, antes da pandemia, não media esforços para tentar substituir a ausência da família. Todavia, agora a família deve assumir o seu verdadeiro papel que é educar, deixando à escola a função de ensinar. Assim sendo, este educar implica também trabalhar a formação do caráter do educando.
Esta parceria entre escola e família deve auxiliar o aluno a se tornar um ser social, isto é, um cidadão, tirando-o da alienação em que vive. Entretanto, faz-se necessário somar esforços, cada uma cumprindo o seu papel, convergindo para uma educação de qualidade que faça deste aluno um protagonista.
Obviamente, os conteúdos citados acima devem ser trabalhados em concomitância com os conteúdos obrigatórios. O pior – que foi a adaptação – já passou. Agora basta fazermos acontecer.
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