Se você entrar em uma rede social e digitar uma palavra qualquer como, por exemplo, “dipirona”, vai encontrar as mais variadas informações. Certamente, algumas pessoas publicarão dados reais sobre esse fármaco. No entanto, muitas digitarão informações falsas ou erradas. E agora, como diferenciar o que é real do que é mentira nas mais diferentes mídias? É aí que entra a educação midiática.
A ideia da educação midiática é ensinar o estudante a saber diferenciar no que pode e no que não pode acreditar. E isso é válido não apenas para as mídias sociais, mas também para os sites. Afinal, qualquer pessoa pode ter um portal e publicar o que quiser, sendo essas pessoas especialistas no tema ou não.
Há um problema ainda maior que consiste na disseminação de fake news de forma intencional. Isso acontece quando a pessoa não publica algo por não saber o que é correto. Ela posta com a intenção de espalhar uma notícia falsa que possa resultar em benefícios próprios.
Em épocas nas quais as informações são compartilhadas na velocidade da luz, saber o que é real e o que é fake é essencial. É isso que a educação midiática visa trabalhar!
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O que faz parte da educação midiática?
A educação midiática visa ensinar o discente a ter senso crítico e conseguir desenvolver habilidades que permitam que ele identifique o que é verdadeiro, do que é falso. E como o volume de informações e mensagens compartilhadas é praticamente imensurável, a pessoa tem que estar preparada para avaliar o que chegou até ela de maneira rápida.
Isso é essencial não apenas para saber de onde colher boas informações e no que acreditar, mas também para evitar cair em golpes virtuais. Afinal, muitas dessas inverdades disseminadas nas redes sociais e nos aplicativos de mensagens visam levar a pessoa ao erro.
Isso é facilmente visto quando, por exemplo, uma mensagem viraliza e nela fala que uma grande marca está dando produtos gratuitos. Se a pessoa não estiver preparada para avaliar se aquilo é verdadeiro ou falso, a tendência é que ela clique no link.
Ao fazer isso, algumas vezes, acaba instalando vírus em seu celular ou computador e colocando seus dados em risco. Em outros casos, o indivíduo é convidado a preencher um formulário eletrônico e, na ânsia de aproveitar a promoção, logo informa desde o endereço, até os números dos documentos.
Quem recebe o formulário terá todos os dados necessários para aplicar golpes. Tudo isso acabou sendo causado pela falta de conhecimento, que fez com que a pessoa acreditasse em algo falso. A educação midiática tem como meta ensinar o discente a saber exatamente em que acreditar e quando desconfiar de algo.
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O que é preciso ensinar ao aluno?
O professor terá que se preparar para orientar o aluno a avaliar tudo o que lê ou o que recebe pelas redes sociais, para que consiga distinguir o que é real e o que é fake. Dessa forma, a educação midiática incentiva uma abordagem inquisitiva, que se baseia em perguntas como, por exemplo:
- Quem escreveu esse texto ou criou essa mensagem?
- Essa pessoa realmente existe ou é um perfil falso?
- Qual o propósito da publicação?
- A história está sendo detalhada ou a notícia é parcial?
- Será que mais alguém está falando sobre isso e abordando da mesma forma?
- Esse conteúdo de saúde tem embasamento científico? Qual é o artigo? Quem realizou o estudo? Ou será que a informação está errada?
Em suma, será preciso ensinar o aluno a identificar quando o conteúdo midiático oferece informações relevantes e comprovadas e quando ele fornece dados imprecisos. Para isso, além de checar o texto, quem escreveu e onde foi publicado, é preciso instigar o aluno a pesquisar sobre o tema e ter senso crítico.
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Como ensinar a educação midiática nas aulas remotas e presenciais?
A primeira coisa a ser considerada é que a educação midiática não é uma disciplina. Assim, é interessante que todos os professores trabalhem essas informações com os discentes. E isso é fácil, visto que é possível ligar ao conteúdo abordado em aula. Veja dicas!
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Pesquisa nas redes sociais
Uma maneira de abordar isso é escolhendo um tema e pedindo que os alunos pesquisem algumas mensagens sobre ele em suas redes sociais. Eles podem dar print e enviar para o professor, com tarefa de casa. O docente pode selecionar alguns dos conteúdos e mostrar para a turma, seja na aula remota ou presencial.
Certamente o mesmo tema será abordado de diversas formas. Cabe ao professor mostrar o que cada mensagem tem que pode fazer com que os alunos desconfiem dessa informação.
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Comparação com informações oficiais
Uma vez que as mensagens desencontradas tenham sido mostradas, incentive os alunos a procurarem a origem da informação. Isso pode ter vindo de um vídeo, de um documento, peça para que eles pesquisem. Depois, compare o real com os comentários feitos e mostre como as informações podem ser distorcidas, intencionalmente ou não.
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Ensine a avaliar um site
Outro ponto importante é ensinar o discente a avaliar o site que está lendo. Alguém assinou o texto? O link parece confiável? O site está incluído no Google News? A pessoa que assina o texto realmente existe? Na educação midiática, cabe ao professor ensinar ao aluno como buscar essas informações e o que pesquisar. Isso pode ser feito usando textos de sites e blogs menos populares, por exemplo.
Esse tipo de conhecimento é transmitido aos poucos e é muito importante que a escola instrua o aluno. Afinal, é assim que se forma um cidadão com pensamento crítico e que esteja preparado para ser um adulto consciente e participativo.
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