Educar não é uma tarefa simples e, por isso, a busca por novas maneiras é constante. Entre as alternativas há o que é chamado de disciplina positiva. Ela pode ser usada tanto em casa, pelos pais ou responsáveis, quanto em sala de aula.
De uma maneira simples, é possível dizer que a disciplina positiva busca encorajar a resiliência, a disciplina e o respeito. Veja como ela funciona e como pode ser aplicada em ambiente escolar.
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O que é disciplina positiva?
Quando as pessoas começaram a migrar, intensamente, para os centros urbanos, houve uma grande mudança cultural e de comportamento. As crianças, que até então eram tidas como parte ativa da economia, não eram mais vistas assim. O tratamento mudou.
Com essa forma de tratar diferentes surgiu também o desafio de ensinar disciplina. Foi então que no período pós-primeira guerra mundial surgiu a chamada disciplina positiva.
Ela é baseada em pesquisas dos psiquiatras Alfred Adler e Rudolf Dreikurs, que depois de muito estudo, concluíram que a transmissão de conceitos de responsabilidade, respeito e resiliência é a melhor maneira de educar uma criança.
Entretanto, o termo disciplina positiva se tornou mais popular na década de 80, com o lançamento do livro “Positive Discipline” da Dra. Jane Nelsen. Moldada nos estudos dos psiquiatras, a disciplina positiva defendida por Nelsen é baseada em:
- afeto;
- respeito;
- aprendizado mútuo.
Em suma, ela é voltada para um estabelecimento de uma relação de troca. A criança deve receber amor e ensinamentos, mas o adulto deve estar preparado para aprender com elas. Além disso, é preciso ajudar a criança a se sentir como parte da sociedade em que vive, seja ele uma família, a escola ou um bairro.
Dessa forma, ela poderá se tornar um membro ativo e pronto para colaborar com o desenvolvimento de onde vive. Dessa forma, é possível dizer que a disciplina positiva visa a educação por meio de afeto, compreensão e colaboração. Ela se baseia na troca de experiência e no fato da pessoa saber que pertence a uma sociedade e que suas ações a afetam.
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Como aplicar a disciplina positiva?
A disciplina positiva pode ser usada tanto por pais e responsáveis, quanto por professores. De uma maneira geral, para aplicá-la é preciso eliminar atitudes como, por exemplo:
- castigos;
- chantagens;
- gritos;
- violência;
- recompensas como chantagem.
É preciso focar no diálogo com os estudantes e buscar soluções em conjunto, para qualquer adversidade que venha a existir. É preciso trabalhar com empatia e respeitar o momento do aluno. Veja algumas dicas do que fazer.
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Ajude a desenvolver o pensamento crítico
Se a criança cometer um erro, por exemplo, ao invés de castigá-la, converse. Faça com que ela pense em suas atitudes e reflita sobre o que tem feito em seu dia a dia. Questione como ela poderia ter colaborado com algo, por exemplo, e deixe que ela reflita sobre isso.
Determine regras e limites
Embora a disciplina positiva seja baseada em empatia e amor, as regras são necessárias. Afinal, a criança precisa aprender que há limites para que ela possa viver em sociedade. É preciso conversar e dizer até onde a criança pode ir e o que não pode ser feito.
Não é para travar uma discussão ou briga, mas sim para dialogar sobre as regras existentes, seja em casa ou na escola. Nesse momento, é preciso ser firme. É preciso ensinar regras para que a criança assimile noções de responsabilidade e comprometimento. A criança aprenderá a lidar com adversidades.
Elogie
Viu que a criança fez algo bom? Elogie! O reconhecimento do bom comportamento também faz parte da disciplina positiva. Essas ações, por parte do adulto, estimulam o otimismo e a autoconfiança. Além disso, vai compreender que boas ações são, naturalmente, bem vistas pelas pessoas que o cercam, o que é muito positivo.
Prefira sempre um bom diálogo
A base da disciplina positiva é conversa. Só por meio dela, é possível compreender as dores das crianças e, ao mesmo tempo, ensinar a ela os limites existentes. Por isso, não transforme uma conversa em um monólogo. Esteja pronto para ouvir a criança e para ajudá-la a compreender que é importante para o meio e que sempre será ouvida. Isso é importante para criar conexões e vínculos.
Por falar em diálogo, ele também deve fazer parte da educação inclusiva!
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