A Cultura Maker faz parte das metodologias ativas de aprendizagem, e traz em sua essência a aplicação prática do “faça você mesmo”. Com ela, o aluno aprende fazendo, passando a não ser somente receptor de conhecimento, mas um criador.

Ao incentivar a experimentação, a colaboração e o pensamento crítico, a Cultura Maker dialoga diretamente com as competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

A seguir, conheça mais sobre essa metodologia e as competências da BNCC que podem ser desenvolvidas por meio dessa proposta.

O que é Cultura Maker?

A Cultura Maker tem suas raízes no construtivismo. Nessa abordagem, a experimentação, a criatividade e a exploração são pilares fundamentais do processo de aprendizagem.

Assim, a Cultura Maker é uma metodologia ativa que promove a aprendizagem experiencial e social baseada em atividades práticas que possibilitam que o aluno coloque “a mão na massa”.

Com isso ela estimula a participação dos estudantes, seu pensamento crítico, a colaboração e outras competências e habilidades importantes para o presente e o futuro dos estudantes.

Descubra mais: O que é cultura maker e como aplicá-la na prática com seus alunos

Cultura Maker e BNCC: qual é a relação?

A Base Nacional Comum Curricular estabelece uma educação voltada para o desenvolvimento de competências, que são compreendidas como a mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas da vida cotidiana.

Nesse sentido, a Cultura Maker se alinha perfeitamente à BNCC, promovendo, entre outras coisas, o “aprender na prática”, o trabalho colaborativo e o pensamento crítico para resolver problemas.

Com essa metodologia, o aluno é desafiado a investigar, testar hipóteses, construir e errar para criar novas soluções. Esse processo favorece a aprendizagem significativa, contribuindo para desenvolver e fortalecer diversas das competências determinadas pela Base.

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5 competências da BNCC incentivadas pela Cultura Maker

A Cultura Maker é mais do que uma proposta pedagógica inovadora: é um convite à autonomia, à criatividade e ao protagonismo do aluno.

Ao alinhar-se às competências da BNCC, ela reforça o papel da escola como espaço de apoio, descoberta e experimentação, capaz de formar cidadãos críticos, criativos e colaborativos, que podem gerar transformações com suas ideias e ações.

Entre as competências que podem ser desenvolvidas com a combinação entre Cultura Maker e BNCC, estão:

  1. Conhecimento

A primeira competência geral da BNCC estabelece a importância de valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para entender a realidade e ajudar a resolver problemas. É exatamente isso que a Cultura Maker objetiva estimular.

Quando os alunos planejam e constroem um projeto, eles articulam teoria e prática; problema e possíveis soluções. Assim, matemática, ciências, tecnologia e artes deixam de ser áreas isoladas e passam a dialogar entre si em torno de um propósito real e concreto.

Leia também: O que é Espaço Maker e por que adotá-lo na sua escola

  1. Pensamento científico, crítico e criativo

A BNCC destaca também a importância de desenvolver a capacidade de investigar, formular hipóteses, testar soluções e propor alternativas criativas. A Cultura Maker é, por essência, uma catalisadora desse tipo de pensamento.

Nos projetos Maker, os alunos são desafiados a resolver problemas reais, o que demanda pesquisa, planejamento, tentativa e erro. O erro, aliás, deixa de ser um obstáculo e passa a ser visto como parte fundamental do processo de aprendizado.

Ao criar, desmontar e reconstruir, o estudante exercita o raciocínio lógico, a curiosidade e a criatividade, pilares do pensamento científico e crítico. Além disso, desenvolve resiliência, aprendendo que o sucesso é resultado de esforço, persistência e colaboração.

  1. Comunicação

Faz parte da Cultura Maker criar e, também, compartilhar o que foi criado, apresentando o processo e seus resultados e ouvindo sugestões de melhoras. Essa dinâmica estimula a comunicação oral, escrita e multimodal, além da escuta ativa.

A BNCC reforça a importância de desenvolver formas diversas de comunicação, e a atividade maker oferece diversas oportunidades para isso. Durante os projetos, os alunos podem apresentar protótipos, explicar quais materiais utilizou, gravar vídeos explicativos, produzir relatórios ou painéis expositivos, praticando e fortalecendo essa competência.

  1. Trabalho e projeto de vida

Uma das potencialidades da Cultura Maker é permitir que o aluno perceba que aprender tem sentido real e propósito aplicável. Ao se envolver em projetos concretos, ele começa a refletir sobre seus interesses, habilidades e objetivos, como propõe a competência “Trabalho e Projeto de Vida” da BNCC.

Essa vivência estimula autoconhecimento, autonomia e senso de responsabilidade, além de ajudar a desenvolver competências empreendedoras, como planejamento e gestão de tempo.

Quando os alunos participam de feiras de ciências e projetos de robótica, por exemplo, eles estão exercitando não apenas conhecimentos técnicos, mas também sua visão de futuro e protagonismo.

  1. Empatia e cooperação

Saiba mais: 5 maneiras de trabalhar as competências socioemocionais

Nenhum projeto maker acontece de forma individual. A essência dessa cultura é colaborativa. Os alunos ouvem, conversam, apresentam ideias, dividem tarefas e ajudam uns aos outros.

Essa interação direta estimula o desenvolvimento de competências socioemocionais previstas na BNCC, especialmente a empatia, a responsabilidade, a cooperação e o respeito.

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