Imagine que por um investimento baixo (na faixa de R$ 175 a R$ 580, dependendo do equipamento adquirido) sua empresa tenha em mãos o acesso a um recurso tecnológico que, se usado de forma planejada, permitirá acesso a recursos em áudio e vídeo ou a projeção de apresentações e imagens a partir de um tablet que irão dinamizar e enriquecer as aulas de seus professores.
Isso é totalmente possível e, mais que isso, aconselhável tendo em vista o perfil dos alunos que povoam as escolas de hoje, todos nativos digitais, que tem forte relação com o uso de tecnologias e trabalho imagético.
O streaming permite a transmissão de um sem número de canais por meio de Wi-Fi e redes 3G ou 4G para uma TV tela plana que tenha entradas HDMI. Este recurso transforma uma televisão Led, Plasma ou LCD comum numa Smart TV. Com isso, por exemplo, é possível transmitir vídeos de canais consagrados como o YouTube e o Netflix para a TV e dar acesso a conteúdo selecionado, como as videoaulas curadas disponíveis no YouTube Edu ou a documentários e filmes com conteúdos de ponta disponíveis no Netflix.
Tudo isso, é claro, não tem qualquer sentido se não existir um projeto na escola que faça a conexão dos conteúdos disponíveis nestes e em outros canais da internet (como o TED ou usando músicas e áudios por meio de serviços como o TuneIn ou o Spotify) com as aulas e conteúdos previstos no currículo escolar.
Antes mesmo de adquirir equipamentos como o Google Chromecast ou o Apple TV, que estão em evolução desde o seu lançamento, com diferentes versões e preços disponíveis no mercado (o Apple TV, por exemplo, já está na 4ª geração, cujo custo excede os valores que indiquei no começo deste artigo, por isso recomendo, neste momento, que as escolas façam a opção mais econômica, adquirindo a 3ª geração do produto; o Chromecast chegou a sua 2ª geração, mas a 1ª geração funciona bem e ainda está no mercado, com preços mais baixos), O primeiro passo é realizar um planejamento claro quanto ao uso destes recursos em sala de aula.
Verifique o seu currículo escolar, veja o que estes fornecedores de conteúdo oferecem, faça as devidas conexões para que quando estiver, por exemplo, trabalhando em história geral um tema como Roma Antiga, possa compor as aulas com acesso a trechos de filmes como “Gladiador”, “Spartacus” ou “Ben-hur”. Se o foco é matemática, busque videoaulas indicadas pelo YouTube Edu focadas nos temas de seu interesse. Se a literatura é a matéria em questão, há versões cinematográficas de importantes obras da língua portuguesa, como “Capitães de Areia” ou “Dom Casmurro”, só para mencionar dois clássicos que são cobrados nos vestibulares…
Planejamento prévio é, portanto, algo indispensável para que o recurso não seja apenas comprado.
Verificar as opções de sites e serviços gratuitos e também aqueles que são pagos e que exigirão que a escola tenha que colocar a mão no bolso nos meses seguintes também é algo que deve ser feito.
O YouTube e o TED, já mencionados, oferecem conteúdo sem custo, mas Netflix e Spotify cobram por seus serviços. Faça as contas, veja o que é possível e importante oferecer e trabalhe dentro de seu orçamento. Não pense apenas nos custos, avalie as possibilidades do acervo quanto ao uso pedagógico, para isso consulte seu corpo docente que constitui, certamente, não apenas o grupo especializado que irá avalizar esta ação de compra de serviços como aquele que irá colocar tais recursos em uso na sala de aula.
O ideal é ter mais de um equipamento disponível na escola para conseguir atender a demanda de mais salas e alunos. Verifique o que é necessário de acordo com o tamanho da sua escola. Se há mais de um segmento educacional atendido, por exemplo, com alunos da Educação Infantil, que terão acesso a animações variadas, até alunos do Ensino Médio, o ideal é que cada nível tenha um equipamento, no mínimo, a disposição. Se forem muitas as turmas, a oferta deve aumentar para 2 ou 3 aparelhos.
O uso de tecnologias é importante pois cria um elo maior entre os alunos e a escola, mas acima de tudo o uso deve ser pensado na esfera pedagógica, quanto a criação de estratégias de ensino que, literalmente, “turbinem” a aprendizagem. Usar filmes, podcasts, músicas, documentários, animações, videoaulas e outros recursos em sala de aula ajuda e muito, com certeza, no enriquecimento das atividades e potencializa a educação.