Menino Olhando Em Uma Mesa Arrumada com materiais escolares

Thales é um renomado cientista e acabou de produzir um invento que pode revolucionar o mundo, um leitor de mentes. Como sua esposa Sofia é professora numa escola próxima à sua casa, sem que ela soubesse, ele foi até lá e escolheu, aleatoriamente, 3 pessoas com vínculos com aquela instituição de ensino e direcionou sua máquina para a cabeça delas. Naquele exato momento se discutia abertamente os rumos da escola para o próximo ano e havia sido feito um questionamento sobre o que cada pessoa ali presente gostaria que fosse realizado por ali para melhorar a educação oferecida, visando maior qualidade e bem-estar.

Thales apontou primeiro para a pessoa que havia feito a pergunta, ou seja, para a diretora, Tereza Cristina, mulher séria, já nos seus 50 e poucos anos, muito dedicada, com mais de 30 anos de dedicação à educação.

A gestora principal da escola, segundo o equipamento criado pelo jovem inventor estava pensando o seguinte:

– Penso que temos que melhorar a qualidade das aulas e da própria gestão. Nesse sentido, tenho a vontade de implementar cursos regulares, talvez em base mensal, trazendo especialistas, para formações com os docentes e a equipe diretiva. Sei que o atendimento a comunidade também tem que melhorar, isso significa orientar melhor, treinar e capacitar todos os colaboradores que tem contato direto com os pais e responsáveis e, também, implementar sistemas digitais que permitam acesso rápido a notas, faltas, boletos, informações da escola, eventos, calendário e tudo o mais. Ah, e não podemos descuidar das instalações da escola, deixar tudo pintado, arrumado, em pleno funcionamento, melhorar os laboratórios e quadras, trazer novos equipamentos como computadores e tablets e fazer com que a internet funcione abertamente.

Thales achou interessantíssimo. Pensou que aquela gestora iria promover uma série de mudanças importantes na escola, principalmente tendo foco na formação dos docentes e colaboradores da escola.

A seguir, ele apontou seu equipamento para o Roberto, conhecido por todos como Beto, era o professor que estava a mais tempo na escola, quase se aposentando. Pensou que ele teria pensamentos mais conservadores, mas se surpreendeu com o pensamento do docente, que enumerou as seguintes ideias para uma escola melhor:

– Acho que tudo começa com uma boa relação entre todos os que compõem a comunidade escolar e, por isso, investiria em mais encontros entre as famílias e a escola. Percebo que as novas gerações precisam de apoio dos responsáveis por eles, falta diálogo, presença, cuidado e carinho. Na relação com a escola, onde os estudantes passam tanto tempo, pode ser semeada uma relação melhor que irá frutificar para todos. Além disso, percebo que eu e outros professores precisamos conhecer melhor as tecnologias e as metodologias ativas, nesse sentido seria muito bom se a escola pudesse prover cursos para todos. Outra ação muito interessante seria criar um calendário cultural, que oferecesse oportunidades para os estudantes, professores e colaboradores de ter contato com cinema, teatro, música, dança, museus, literatura e tudo mais.”

Para um professor em vias de se aposentar, como o Beto, era realmente bem moderna sua linha de pensamento. Isso surpreendeu Thales que, para finalizar seus testes, apontou sua máquina para um aluno do 9º ano, o Henrique, que ele conhecia pois era vizinho de sua casa e muito amigo de seu filho Marcelo.

Apesar de ser bom aluno, Thales pensou que ele estaria mais preocupado com as férias e as festas de final de ano, mas o estudante tinha boas ideias para melhorar a escola no ano seguinte:

“Sempre pensei que a escola deveria ter mais projetos, envolvendo ciência, arte, humanidades e todas as áreas do conhecimento. Vou colocar na minha lista de desejos para o ano que vem, quem sabe a dona Tereza não leva em consideração. Adoro também tecnologia, mas penso que não basta apenas ter recursos e acesso à internet, os professores precisam usar mais em aula e, para isso, precisam conhecer bem as ferramentas e a aplicação em aula. Acho que precisamos, também, de mais respeito, tolerância e ética. Nas aulas de filosofia falamos sempre sobre isso, mas não pode ficar só no discurso, é preciso ir além. Se necessário, vamos fazer campanhas, vamos para as ruas, atrás das autoridades para pedir providências, lutar pela preservação do meio-ambiente, contra a corrupção, por uma educação e saúde de melhor qualidade… A escola tem que ser um lugar que promova esta transformação.”

Surpreendido pelas respostas, Thales voltou para casa e conversou com Sofia, sua esposa, mostrando para ela as informações que havia obtido. Sofia ficou muito contente com o que viu e, adicionou as ideias a proposta de mais leituras, com a ampliação da biblioteca e o uso de e-books. Pensou também que a escola precisava de jardins, flores, paisagismo e que poderia receber a comunidade nos finais de semana para atividades culturais e esportivas para reforçar o vínculo.

Thales anotou também as observações da esposa e, depois, levou tudo para a escola, entregando nas mãos da diretora, Dona Tereza Cristina, que foi surpreendida com a máquina e com tantas informações interessantes, inclusive, com o que havia pensado sendo transcrito pelo equipamento.

Tinha em mãos as bases para uma escola ainda melhor no próximo ano… agora era a hora de começar os trabalhos, de arregaçar as mangas…

E a sua escola? Quais são os planos para o próximo ano? O que pretendem fazer? Que sonhos pretendem realizar? As transformações estão em suas mãos, então é hora de pensar, propor e realizar e um ótimo ano para todos!

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