Atualmente, muito é discutido sobre a importância de práticas pedagógicas nas quais os alunos possam desenvolver valores como solidariedade, cooperação e respeito, uma vez que vivemos num mundo altamente globalizado onde as pessoas se mantém em competividade, tendo o vencer como único objetivo. Os jogos cooperativos podem auxiliar na mudança desse pensamento.
As características e os benefícios dos jogos cooperativos nas escolas
Nos primeiros anos do ensino fundamental, fase na qual a criança está passando por mudanças psicológicas e biológicas, o jogo cooperativo pode ser colocado como atividade pedagógica no processo de relação interpessoal.
Essa prática ainda é vista como uma proposta diferente das aulas de educação física atuais, nas quais a competitividade presente nos esportes de rendimento é o foco principal abordado pelos professores em geral.
A esperança, a confiança e a comunicação são as principais características dos jogos cooperativos. Eles buscam a integração de todos, a alegria, a valorização do indivíduo na construção do processo de participação, a inclusão, e não a exclusão.
Cabe recordar que entendemos os jogos cooperativos como componentes essenciais de um projeto educativo baseado na cooperação e resolução pacífica dos conflitos, onde os meios empregados não sejam antiéticos, onde aprende-se a considerar o outro que joga como um parceiro, e não como adversário, fazendo com que a pessoa aprenda a se colocar no lugar do outro, e não priorizar apenas o seu lado.
Assim, os jogos cooperativos na escola podem colaborar na formação de seres pensantes, criativos e críticos, não perdendo de vista a sua principal característica que consiste em eliminar qualquer forma de competição.
Os jogos cooperativos geram motivação, alegria, participação, união, criação, criatividade, contribuições de todos e atitudes de empatia, solidariedade, comunicação e cooperação, características fundamentais para que ocorra um processo de socialização com eficiência.
Os jogos cooperativos como ferramenta pedagógica dos professores
Os jogos cooperativos sempre estiveram inseridos na sociedade, mas começaram a ser mais valorizados na década de 1950 nos Estados Unidos através do trabalho de Ted Lentz, que procurava nos jogos e atividades unir os esforços dos participantes para superar desafios e atingir um objetivo comum. Já no Brasil, um dos primeiros a produzir textos sobre jogos cooperativos foi o professor Fábio Otuzi Brotto.
Esses jogos surgiram da preocupação com a excessiva valorização dada ao individualismo e à competição exacerbada na sociedade moderna, mais especialmente na cultura ocidental.
É importante transformar essa realidade e tornar a escola um ambiente alegre, agradável de estar e aprender, inovando nas práticas pedagógicas, utilizando atividades que valorizam as experiências e os desejos dos alunos e jogos que criam oportunidades para seu desenvolvimento físico, moral e intelectual, garantindo, dessa forma, a formação de um indivíduo com consciência social, crítica, solidaria e democrática.
Se mostrarmos aos alunos que as pessoas são mais importantes que apenas vencer um jogo, estaremos fazendo a nossa parte, num movimento de transformação real, tentando tornar o mundo um lugar melhor. É um conjunto de experiências lúdicas que possibilitam que todos os envolvidos avaliem, compartilhem e reflitam sobre nossa relação com nós mesmos e com os outros.
Por isso, devemos compartilhar jogos de caráter cooperativo com os nossos alunos e mostrar que participar é muito mais importante do que o resultado final. Os jogos cooperativos são ferramentas que os professores de Educação Física têm em suas mãos para ajudar no desenvolvimento dos seus alunos e na construção de um mundo melhor.
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