Quantas vezes você já procurou por vídeos na internet, que ensinassem a fazer algo em casa? Pode ser reformar uma cadeira, fazer um bolo ou até pintar a parede. O “faça você mesmo” é muito atrativo e empolgante. Na educação isso não é diferente. É nessa ideia de fazer com as próprias mãos que se baseia a chamada cultura maker.
O verbo “maker”, quando traduzido do inglês para o português, vem de “to make” que quer dizer “fazer”. Assim, pode ser considerada uma pessoa maker aquela que cria e faz as atividades com as próprias mãos.
Para que um indivíduo maker seja formado, é preciso que esse tipo de atividade seja incentivado desde criança. Por isso, a adoção de atividades no estilo “faça você mesmo” vem crescendo em muitas escolas.
Conheça a cultura maker e veja algumas dicas de como colocá-la em prática no dia a dia da escola!
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O que é cultura maker?
A cultura maker é baseada na ideia de ensinar as pessoas a fazerem as coisas. E isso vai desde cultivar uma horta, até reformar um móvel. Dessa forma, o movimento tem como base quatro pilares que são:
- criatividade;
- colaboratividade;
- sustentabilidade;
- escalabilidade.
Quando aplicada na escola, a cultura maker consiste em propor atividades para os alunos, que permitam que eles “coloquem a mão na massa”. Dessa forma, ajudam a despertar a criatividade, ajudar a desenvolver habilidades de planejamento e também o raciocínio.
Em suma, as atividades ligadas à cultura maker permitem erros, tentativas e a adoção de novas soluções. Nelas, as crianças podem trabalhar em equipes para realizar uma tarefa, consertar algo ou criar um objeto novo, ao usar o material disponibilizado pelo docente.
Com isso, ela também aprende a trabalhar em equipe, desenvolve habilidades manuais e passa a ver o todo de um outro ponto de vista. Dessa forma, esse tipo de atividade, quando implementada dentro da instituição, colabora também para atender ao que determina a BNCC.
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Como aplicar a cultura maker na prática?
Ao pensar na ideia do “faça você mesmo” em sala de aula, provavelmente o docente vai achar que os alunos vão gostar desse tipo de atividade. Afinal, vão aprender praticando e interagindo, o que, no geral, os empolga.
Mas, ao mesmo tempo, pensar em ensinar uma criança a montar algo ou construir um robô, por exemplo, talvez possa dar à inserção da cultura maker no contexto escolar a ideia de que será uma difícil missão. Isso porque, por vezes, as instituições de ensino não contam com uma boa estrutura física nem tecnológica. O que fazer nesse caso?
A primeira coisa é lembrar que nem sempre, para fazer ciência, é preciso contar com equipamentos modernos e caros. É possível encontrar tarefas simples e baratas, que podem, perfeitamente, se adaptar à realidade da instituição e dos discentes.
Claro que a construção de robôs seria muito interessante, mas se não for possível, o docente pode optar por artesanatos, plantio e, até mesmo, uso de materiais recicláveis.
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Horta
Sabe aquele terreno parado, no fundo da escola? Ele pode se transformar em uma horta. Ensinar as crianças a adubar a terra, plantar e cuidar das hortaliças é uma atividade maker. O mais interessante é que, quando os produtos estiverem prontos para a colheita, eles podem ser usados na merenda dos alunos. Isso, certamente, fará com que se sintam ainda mais envolvidos e orgulhosos da atividade.
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Receita
A atividade também pode ser uma receita. Ensinar o estudante a fazer biscoito, mousse ou até mesmo arroz é uma tarefa maker. E imagine quanta coisa pode ser ensinada durante o preparo de um bolo, por exemplo.
- As reações químicas;
- De onde vem os produtos;
- Como é plantado o trigo;
- Diferença entre fermento químico e biológico;
- Frações e medidas, que fazem parte da receita;
- A origem da receita e como ela está inserida na cultura, entre outros.
Essa atividade maker se adéqua a diferentes disciplinas e, certamente, deixará os alunos muito animados.
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Sucata
O artesanato também é considerado atividade maker. É possível, por exemplo, ensinar os estudantes a fazerem bancos usando garrafas pet. Além de ser uma atividade interessante e que eles podem levar para casa e ensinar a família, também é um bom momento para despertar a consciência ambiental e abordar a sustentabilidade.
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Tela mosquiteira
Com cola, tule, papelão e grampeador é possível ensinar os estudantes a fazerem tela para impedir a entrada de mosquito. Basta medir a janela, fazer a moldura de papelão, pregar o tupe e fixar a moldura na madeira com o grampeador. É interessante deixar as crianças pintarem antes da instalação ser feita.
Nesta atividade, é possível tanto ensinar medidas, quanto o ciclo de vida dos mosquitos, por exemplo.
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Enfim, são muitas as atividades de baixo custo que se encaixam na cultura maker. Qual delas você vai fazer com a sua turma?
Conte pra gente nos comentários e aproveite para conferir dicas de 6 brincadeiras lúdicas para praticar com seus alunos em 2022!
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