crianças olhando para tela de um tablet

A combinação entre tecnologia e educação ambiental pode ser muito eficiente, especialmente para abordar temas associados à sustentabilidade junto aos alunos nativos digitais.

Afinal, além de estarem mais acostumados ao uso de recursos tecnológicos em seu dia a dia, esse incremento, quando intencional e associado a objetivos bem delimitados, pode tornar as aulas mais atrativas, dinâmicas, interativas e envolventes.

E esses ganhos podem ser muito positivos ao se tratar do meio ambiente, uma pauta tão importante para o presente e o futuro de todos.

Para descobrir maneiras de fazer isso, continue a leitura. A seguir, saiba mais sobre como aliar a tecnologia à educação ambiental.

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O que é educação ambiental?

A educação ambiental refere-se ao estudo das relações e interações entre os sistemas naturais e humanos. Trata-se de um processo de aprendizagem que aumenta o conhecimento e a conscientização das pessoas sobre o meio ambiente e seus desafios associados, desenvolve as habilidades e conhecimentos necessários para enfrentar os desafios e promove atitudes, motivações e compromissos para que seja possível tomar decisões informadas e agir com responsabilidade.

Por meio dela, os alunos podem se tornar agentes transformadores para a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais. Assim, eles estarão mais preparados para exercer sua cidadania de formas sustentáveis.

Assim, a educação ambiental tem o poder de transformar vidas e a sociedade. Ela conscientiza, informa, inspira e influencia atitudes.

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Como a educação ambiental está prevista nas políticas e normas?

A partir da criação da Lei nº 9.795, foi instituída a Política Nacional de Educação Ambiental. Conforme suas diretrizes, o tema deve se fazer presente em todos os níveis e modalidades da educação.

Dada sua importância, a educação ambiental também está prevista na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), no Parecer CNE/CP nº 14/2012 e na Resolução CNE/CP nº 2/2012. Nesses casos, a prescrição é de que seja ofertada a formação em temas relacionados à natureza em seus diferentes aspectos (sociais, econômicos, comunitários e ambientais).

A indicação é de que a educação ambiental seja trabalhada já desde o começo da escolarização, especialmente contextualizada à realidade dos estudantes e de modo interdisciplinar. Sendo assim, aliá-la à tecnologia e a novas metodologias de ensino é uma solução cada vez mais aplicada para tornar o aprendizado mais significativo e engajador.

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Como abordar educação ambiental com apoio da tecnologia?

De modo geral, a educação ambiental é construída sobre os princípios da sustentabilidade, focando em como as pessoas e a natureza podem coexistir em harmonia produtiva.

Ao integrá-la com a tecnologia, é possível potencializar aprendizados, criando oportunidades para que os alunos se tornem ambientalmente e tecnologicamente alfabetizados.

Para desenvolver essa abordagem, no entanto, é preciso considerar alguns aspectos como:

  • Treinar os professores para o uso das tecnologias;
  • Tornar essa combinação intencional, sempre alinhada aos objetivos de aprendizagem;
  • Desenvolver projetos interdisciplinares, para oferecer uma experiência mais motivadora e alinhada à realidade dos alunos;
  • Buscar o apoio da tecnologia para tornar mais simples os conceitos complexos e abstratos.

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7 maneiras de ensinar sustentabilidade com o uso de tecnologia

Existem várias formas de utilizar a tecnologia a favor da educação ambiental. A seguir, estão alguns exemplos:

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1. Utilize a tecnologia para fazer passeios virtuais

É possível fazer diversos tipos de passeios virtuais em habitats naturais, como florestas, oceanos e desertos. Este tipo de atividade pode ser uma excelente forma de os alunos aprenderem sobre os diferentes ecossistemas e os animais que lá vivem.

Uma maneira simples de realizar esse tipo de atividades é por meio de sites como o Explore.org, que oferece uma variedade de câmeras ao vivo que permitem que os alunos observem diferentes animais em seus ambientes.

Assim, fica fácil, por exemplo, observar ursos no Alasca, elefantes na África e tubarões no oceano. Isso pode ajudar os estudantes a desenvolver uma compreensão mais profunda da importância da biodiversidade e da necessidade de conservação.

 

2. Experimente utilizar realidade virtual e/ou realidade aumentada

As tecnologias de realidade virtual e de realidade aumentada podem ajudar a tornar as aulas ainda mais divertidas e a promover experiências de aprendizado imersivas e interativas.

Com elas, os alunos podem descobrir mais sobre muitos aspectos da natureza, mesmo sem ter acesso físico a esses recursos. Isso pode incluir atividades envolvendo espécies já extintas, por exemplo.

 

3. Faça uso de plataformas de análise geoespacial

Esse tipo de tecnologia pode ser acessada mesmo em equipamentos mais comuns, como smartphones, tablets e computadores. Um exemplo é o Google Earth.

Com esses recursos, é possível desenvolver experiências imersivas por meio das quais os alunos consigam explorar diferentes ecossistemas e marcos naturais ao redor do mundo. Eles podem, por exemplo, explorar montanhas, rios, florestas e oceanos e aprender sobre as características únicas de cada um.

Ainda, visualizar os mais graves derramamentos de óleo ocorridos e seus impactos no meio ambiente, tornando o aprendizado mais significativo.

 

4. Desenvolva atividades com o uso de aplicativos

As práticas de educação ambiental apoiadas pela tecnologia podem ser simples, mas impactantes e participativas.

Há muitos aplicativos, por exemplo, que podem ser aliados para trabalhar questões ambientais nas escolas. Por serem recursos interativos e envolventes, eles ajudam a tornar o aprendizado sobre o ambiente divertido e acessível.

Por exemplo:

  • É possível realizar atividades de mapeamento de espécies nas comunidades com o apoio de apps como o iNaturalist, que ajuda a identificar animais e plantas a partir da análise de fotos carregadas.
  • Ensinar sobre ecologia e funcionamento de hortas orgânicas, com o aplicativo Plantit, que permite que o aluno plante, colha e se envolva com os cuidados de uma horta virtual.
  • Apresentar aspectos da fauna e flora com o app Iara, que tem uma interface voltada à educação ambiental e que ajuda os alunos a identificarem sons e a localização de animais do bioma brasileiro.

 

5. Alie momentos online e offline

Nem todos os momentos das atividades propostas precisam ser mediados pela tecnologia. Essa pode ser utilizada para tarefas pontuais que enriqueçam a experiência completa de aprendizado.

Por exemplo, pode-se realizar um passeio presencial ou online para conhecer recursos hídricos da comunidade ou estações de tratamento de água locais. Os alunos podem produzir conteúdos sobre a experiência, por meio de textos, vídeos ou podcasts, apoiados por conteúdo visto em aula.

 

6. Desenvolver práticas de robótica com itens reaproveitados

Além de trabalhar habilidades importantes para o futuro dos alunos, as atividades envolvendo robótica podem ser combinadas com temas de educação ambiental.

Pode-se, por exemplo, realizar campanhas para coleta de componentes eletrônicos (como sensores, LEDs, placas de computadores, etc.) e reaproveitá-los em projetos de robótica, estimulando a reciclagem e trabalhando a consciência ambiental.

 

7. Utilizar metodologias ativas de aprendizagem

Apesar de não dependerem estritamente do uso da tecnologia, muitas das metodologias ativas de aprendizagem são aplicadas com o suporte de tecnologias. E essa combinação pode trazer ótimos resultados para as práticas envolvendo educação ambiental e a formação integral dos alunos.

Afinal, essas metodologias permitem um envolvimento mais ativo dos estudantes, tornando-os protagonistas de seu aprendizado.

Além disso, elas permitem o desenvolvimento de habilidades e competências essenciais para o futuro, como investigar, questionar, analisar, criar, interpretar, resolver problemas e desenvolver soluções. E tudo isso é fundamental também para que os estudantes compreendam os desafios envolvendo problemas ambientais e se preparem para serem cidadãos comprometidos em fazer sua parte para promover melhorias e soluções nessas áreas.

Utilizar tecnologias para atividades envolvendo a metodologia de gamificação, por exemplo, pode ser uma excelente alternativa para obter o interesse e a participação dos alunos nesses projetos.

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