mulher segurando um cofre em formato de porco

Quem estudou nos anos 70 ou 80, provavelmente, não teve aulas de educação financeira na escola e isso está fazendo falta na vida adulta. Pelo menos é o que sugerem os dados da Serasa, que diz que em 2020, 61,4 milhões de brasileiros tinham dívidas atrasadas ou estavam com o nome em situação irregular.

Claro que o baixo rendimento acaba impedindo muitos de terem uma reserva financeira para situações de emergência. No entanto, também há uma grande parte dos endividados que se encontram assim por terem descontrolado os gastos no cartão de crédito ou por terem gastado com itens sem necessidade. E tudo isso poderia ter sido evitado se essas pessoas tivessem tido acesso à educação financeira na escola.

Assim, preparar as crianças para a vida adulta pode ser considerada a principal importância da educação financeira nas escolas. Mas não é apenas isso. Descubra mais sobre o tema e confira dicas de atividades!

Educação financeira nas escolas está prevista na BNCC

A necessidade de ensinar o indivíduo a lidar bem com o dinheiro é tão importante, que a educação financeira nas escolas é determinada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Ela foi incluída entre os temas transversais. Dessa forma, a educação financeira precisa fazer parte dos currículos de todo o Brasil. Afinal, ela ajuda o aluno a aprender a planejar a sua vida.

Vale ressaltar que na BNCC a educação financeira foi incorporada à base matemática. Entretanto, esse é um tema interdisciplinar. Por isso, há até a sugestão de que ela seja introduzida junto à disciplina de história.

Nesse caso, é possível abordar a relação entre dinheiro e tempo, o consumo e até mesmo os impostos.

Já em língua portuguesa, os estudantes podem aprender a ler e compreender o que está escrito, por exemplo, em um boleto ou em um comprovante bancário.

Enquanto os docentes da área de ciências naturais podem mencionar o consumo ao impacto ambiental e, ao mesmo tempo, relacioná-lo ao orçamento doméstico.

Em suma, a educação financeira deve ser trabalhada em conjunto. Quando isso é feito de forma produtiva, poderá impactar positivamente a vida adulta do estudante.

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Por que a educação financeira na escola é importante?

São inúmeros os benefícios proporcionados pela educação financeira no ambiente escolar. Dentre eles, por exemplo:

  • Estar de acordo com a BNCC;
  • Preparar os alunos para a vida adulta;
  • Mostrar que com organização é possível se planejar e conquistar um bem maior;
  • Ajudá-los a idealizar e planejar uma vida melhor;
  • Garantir a formação de adultos preparados para a realização do planejamento financeiro doméstico;
  • Ajudar a melhorar a situação econômica do país, visto que essas pessoas se prepararão para pagar impostos.

Dicas para ensinar a educação financeira às crianças

A educação financeira deve começar desde cedo. Veja dicas de algumas atividades que podem ser realizadas com crianças.

Contação de histórias

Já no primeiro e segundo ano escolar, a educação financeira pode começar a ser trabalhada. Para isso, o professor tem como opção a contação de histórias. Afinal, elas estimulam a imaginação e o aprendizado.

A ideia é contar fábulas que mostrem como o trabalho e o ato de poupar são importantes. Uma dica é usar a da “A cigarra e a Formiga”, de Jean de La Fontaine.

Doces

Para crianças dos 3º e 4º anos, o professor pode perguntar o que fariam se ganhassem um saquinho de doce ou uma caixa de bombom. Todos eles devem responder a essa pergunta e o docente precisa anotar.

Depois disso, é possível fazer um comparativo da ação com os doces ao que acontece com o dinheiro. Quem comer apenas um e guardar, terá doces para comer no recreio até o final do ano. Já quem ingerir tudo de uma vez, poderá ficar com vontade o resto do mês. O mesmo acontece com o dinheiro e isso deve ser abordado em sala.

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Citar exemplos do dia a dia

Outra forma de mostrar para as crianças sobre a importância do controle do dinheiro é com exemplos práticos. No jardim de infância, por exemplo, a educação financeira na escola pode ser trabalhada visando ajudar os pequenos a relacionarem a existência do dinheiro com a aquisição de produtos.

O docente pode tanto citar as compras no supermercado, e padaria, por exemplo, quanto simular uma vendinha. Eles gostam e, pouco a pouco, aprendem que cada item tem um valor.

Por falar em crianças do jardim, é importante sempre inovar as atividades feitas nas aulas com elas. Veja dicas de brincadeiras lúdicas para praticar com seus alunos em 2022!

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