Trabalhar a saúde emocional dos alunos vem se tornando, cada dia mais, uma preocupação das escolas. Afinal, nos últimos anos, muitos professores vêm relatando um aumento de sintomas que podem sugerir uma crise de ansiedade.
Um estudo feito pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, com alunos da rede pública do Estado de São Paulo, mostrou que 69% dos alunos apresentaram sintomas de ansiedade, quando as aulas voltaram após a pandemia. E esses números não cairão sozinhos. É preciso ficar atento aos sinais e adotar práticas que possam ajudar os discentes a ter uma boa saúde emocional.
Veja algumas dicas de atividades e cuidados que podem ser adotados nesse momento!
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Sinais de que a saúde emocional precisa de atenção
Se para um adulto é difícil entender e identificar os sinais de ansiedade, para uma criança isso é ainda mais complicado. Por isso, os adultos que estão próximos a elas, precisam ficar atentos aos possíveis indicativos de que a saúde emocional não está bem.
Isso deve ser feito tanto em casa, quanto na escola. Professores, coordenadores, diretores e demais integrantes da comunidade escolar precisam ligar um sinal de alerta quando identificarem sinais como, por exemplo:
- excesso de falta na escola sem uma justificativa;
- queda do rendimento escolar;
- crises de choro;
- desânimo excessivo;
- dificuldade para dormir;
- irritabilidade;
- instabilidade alimentar;
- preocupação desproporcional;
- cansaço excessivo, entre outros.
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Dicas para cuidar da saúde emocional dos alunos na escola
Os estudantes passam muitas horas por dia na escola, seja ela de apenas um período ou integral. É nesse ambiente, que aprendem, interagem com colegas e, consequentemente, demonstram muitas das suas emoções.
Assim, a escola é um ambiente no qual alterações, que possam sugerir que algo está afetando a saúde emocional, podem ser notadas. Também é nesse local que práticas positivas podem ser adotadas para que a criança consiga ter um equilíbrio emocional e se sentir melhor.
Veja algumas dicas de como trabalhar isso no dia a dia e ajudar a família nesse processo!
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Preparar a equipe para identificar sinais
O primeiro passo é informar toda a equipe escolar. Para isso, é indicado que a instituição de ensino forneça um curso com um profissional da área, que possa orientar tanto sobre atividades que colaborem para a saúde emocional, quanto sobre como identificar que algo não está bem com o aluno.
Isso pode ser feito de maneira presencial ou online. O próprio Ministério da Educação (MEC) disponibiliza, na plataforma AVAMEC (Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ministério da Educação – MEC) alguns cursos gratuitos que podem ser úteis. Dentre eles:
- Curso de Aperfeiçoamento em Bem-Estar no Contexto Escolar;
- A Promoção da Saúde pela Família: desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas.
Na plataforma Una-SUS também está disponível o curso gratuito online denominado “Aperfeiçoamento em Saúde Mental e Atenção Psicossocial de Adolescentes e Jovens”. O curso tem 180 horas, oferece certificado e é mais uma alternativa para treinar a equipe.
Ter contato com a família
Além de profissionais preparados, a escola também deve ter a família como aliada. Quando há uma interação efetiva, fica mais fácil identificar alterações que podem sugerir que a criança precisa de atenção.
Sendo assim, qualquer que seja a alteração percebida, a escola deve entrar em contato com os responsáveis. Ao mesmo tempo, precisa deixar claro para os pais que caso a criança demonstre qualquer alteração, a escola pode ser uma aliada. Sendo assim, manter canais de comunicação abertos é um passo importante.
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Entender e adaptar
A instituição de ensino também precisa estar preparada para adaptar o dia a dia da criança, que esteja passando por um momento difícil. Para isso, é indicado ter formas de ensinar e de avaliar que sejam alternativas.
Isso pode ser feito não apenas quando as crianças apresentam alguma alteração. Afinal, como passam muitas horas na escola, para ajudá-las a ter saúde emocional é indicado oferecer um ambiente acolhedor, dinâmico e atrativo.
Assim, a adoção de formas diversificadas de transmitir o conteúdo é indicada e vem sendo adotada por muitos lugares, por meio das metodologias ativas. Elas ajudam a transformar o processo de aprendizagem em algo divertido e instigante. E isso é muito positivo para os alunos.
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Incentivar práticas positivas
Passar mais tempo em contato com a natureza ajuda a manter a saúde mental. E essa prática pode ser incentivada pela escola. Visitas a parques, aulas ao ar livre e demais atividades em campo são sempre boas escolhas.
Também pode ser útil oferecer atividades extracurriculares como meditação e aulas de Yoga, que ajudam a manter a mente saudável. Atividades físicas também são indicadas. Aulas de dança ou esportes podem ser grandes aliadas nesse processo. Por isso, as escolas devem oferecer essas alternativas de atividades extracurriculares aos alunos.
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