Você sabia que 73,4% dos brasileiros se divertem com jogos eletrônicos? Esse dado é da Pesquisa Game Brasil (PGB), do ano de 2020, e mostra como essa atividade atrai pessoas de diferentes idades. Por isso, é importante pensar em usar esse recurso para ensinar. É aí que entra a gamificação na educação.
Afinal, se a população tem costume de jogar e se isso é prazeroso para o usuário, nada melhor do que unir o agradável ao que é útil, ou seja, ao conteúdo. O melhor de tudo é que essa metodologia ativa pode ser aplicada para discentes de todas as idades. Lembrando que, evidentemente, o estilo dos jogos e do conteúdo precisam se adequar à turma.
O que acha de aderir à gamificação e passar a ensinar de uma maneira mais divertida? Conheça o conceito e veja exemplos práticos de aplicação para que você se inspire!
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O que é gamificação?
Resumidamente, a gamificação na educação é usar elementos de jogos na rotina escolar. E isso envolve desde aproveitar games já existentes, até mesmo os mais tradicionais, como xadrez e ludo, até criar novas atividades ou trazer elementos dos jogos para a sala de aula. Dentre eles:
- avatares;
- desafios;
- rankings;
- prêmios, entre outros.
Assim, organizar uma competição entre os alunos pode ser considerada uma ação de gamificação. O mesmo vale para quando uma atividade resulta em recompensa para o vencedor, por exemplo. Em suma, há várias maneiras de envolver o mundo dos games e o conteúdo abordado!
Saiba mais: Como usar as metodologias ativas em benefício da escola?
Por que adotar a gamificação? Quais os benefícios?
Uma aula expositiva ou um jogo? Provavelmente, se você fizer essa pergunta para os alunos, a maioria vai preferir jogar, não é? Então, esse é o primeiro benefício da gamificação, que deve ser considerado pelo professor. Ela motiva, instiga e anima os estudantes. Além disso, ela promove:
- O diálogo entre os estudantes e consequente maior interação social em sala de aula;
- Aulas mais dinâmicas;
- O aumento do engajamento dos estudantes com o conteúdo abordado;
- O desenvolvimento da criatividade;
- O aumento da curiosidade e da motivação;
- Mais autonomia na hora de estudar e o aumento de colaboração entre os discentes;
- Melhora na absorção e retenção do conteúdo;
- O ensino lúdico;
- O desenvolvimento de habilidades importantes para a resolução de problemas;
- O aumento de resultados positivos;
- O desenvolvimento das competências socioemocionais.
Saiba mas: Competências Socioemocionais: como trabalhá-las no ensino híbrido?
Por onde começar para incluir a gamificação na educação?
O primeiro passo que o professor precisa dar é conhecer o mundo dos jogos. Afinal, só após compreendê-lo será possível elaborar estratégias para aplicar a gamificação em sala de aula.
Além disso, é interessante realizar alguns cursos de aperfeiçoamento, que qualifiquem o docente, de forma que ele se sinta preparado para mudar a maneira de ensinar. Isso é importante para que o profissional possa planejar a inclusão da gamificação na educação e consiga promover os conteúdos abordados. Afinal, caberá ao docente:
- Conhecer os alunos e a rotina deles, para que possa pensar em atividades atrativas;
- Definir qual será a parte do conteúdo que será trabalhada com essa metodologia ativa;
- Definir o objetivo da atividade;
- Criar a narrativa do jogo;
- Decidir onde o game vai acontecer, se será em sala ou de forma virtual, como atividade extraclasse ou até como parte das aulas remotas, caso a escola adote o ensino híbrido;
- Elaborar as regras e o desenrolar do game;
- Definir o sistema de pontuação, afinal, é preciso pensar em uma recompensa;
- Listar e providenciar os materiais necessários para que a atividade possa ser realizada.
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Exemplos de atividades de gamificação na educação
A gamificação na educação pode revolucionar a maneira de ensinar e motivar os alunos. Por isso, é comum que o docente queira incluir esse tipo de atividade em suas aulas. Claro que, para cada turma haverá um melhor caminho a ser seguido, entretanto, separamos alguns exemplos que poderão servir de inspiração para você, docente! Confira!
Perguntas e respostas
Uma maneira simples e barata de realizar uma brincadeira cheia de aprendizado entre os estudantes é por meio de um jogo de perguntas e respostas. Você pode fazer uma disputa tipo o programa Passa ou Repassa, do SBT. Para isso:
- Selecione um conteúdo e peça que os alunos estudem sobre ele. Você pode indicar textos e vídeos, por exemplo;
- Avise que eles participarão de um game dentro da sala e que as perguntas serão sobre o conteúdo proposto;
- Diga qual será a premiação dos vencedores. Você pode, por exemplo, dar alguns pontos ou até permitir que os vencedores escolham duas questões na prova para não responder. Os pontos dessas questões serão substituídos pelos pontos conquistados no game;
- Elabore perguntas sobre o tema;
- Divida a sala em pequenos grupos e coloque os grupos afastados do centro da sala;
- No centro, coloque um objeto pequeno, como uma bolinha, por exemplo;
- Faça a pergunta e diga “valendo”;
- Cada vez, um representante do grupo poderá correr e tentar pegar a bolinha;
- Quem pegar responde e se acertar ganha um ponto. Caso erre, você pode dar a chance de quem chegou em segundo lugar responder;
- Vence quem fizer mais pontos. É importante que os representantes dos grupos sejam alternados a cada pergunta.
Jogos de tabuleiro
É possível tanto criar o próprio jogo de tabuleiro, com conteúdos sobre a matéria estudada, quanto adaptar os já existentes e criar novos cards. Os tabuleiros de EVA são duráveis e, embora sejam trabalhosos, duram muito tempo e são facilmente higienizados.
Jogos educacionais
Há inúmeros jogos online, que estão prontos para serem apreciados pelos estudantes. Ao invés de dar uma lição de casa convencional, você pode estimular os alunos a se divertirem com o game. Eles certamente vão adorar!
Veja uma lista de jogos de baixo custo e suas aplicabilidades em sala de aula. Confira as dicas e use a gamificação em sua rotina de ensino!
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