Juntas somos mais fortes e vamos renovar nosso compromisso e nossa luta por dias melhores!
No dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Esta data surgiu a partir de uma série de eventos que levaram a lutas e conquistas das mulheres no decorrer do tempo e da história. Este dia tornou-se referência de luta por representatividade, mesmos direitos e igualdade de gênero.
Muitas mulheres se organizaram no decorrer da história e ainda se organizam para chamar a atenção de todos para que os direitos de voto, de ter a mesma jornada de trabalho, de ter direito e acesso à educação, de ter reconhecimento de seu trabalho e luta, de evitar desvalorização social de suas profissões e outras demandas, sejam respeitadas e fortaleçam além de sua autoestima, sua autoconfiança.
Esta data representa a aspiração de dias melhores, de menos violência contra elas e de busca de sonhos e realizações. Ainda sonho com um contexto em que as mulheres sejam vistas na sociedade com igualdade de papéis e consigam a representatividade de fato.
Quero homenagear a mulher educadora, que além de todas estas batalhas ainda enfrenta uma jornada de trabalho estressante e sem a menor valorização. A categoria dos professores já é muito penalizada em um país onde a educação não é priorizada, e imagina como estão sendo geridos os processos e a condição profissionalizante das mulheres, que ainda enfrentam a discriminação e a desigualdade salarial.
Mas esta mulher educadora nunca fugiu à luta e com muita resiliência vem superando desafios e obstáculos, dentre eles verificamos a ausência de oportunidades de capacitação e desenvolvimento de planos de carreira, que possam ser efetivos de fato e garantir a elas melhores salários e mais empoderamento para serem autônomas.
Verifica-se neste contexto educacional que estas mulheres estão enfrentando dificuldades para se manterem emocionalmente aptas para exercer sua profissão, pois estão expostas a discriminação, preconceito, dificuldade de desenvolver suas capacidades socioemocionais e com jornadas de trabalho que exigem delas muito tempo para ter condição de receber o necessário para a sobrevivência digna que merecem, haja visto que o piso salarial do professor exige que ele trabalhe em mais de um local para ter uma renda melhor.
Ainda neste cenário constata-se que a grande maioria dos professores em exercício profissional em nosso país são mulheres, que apesar de todas as dificuldades estão formando nossos cidadãos.
Apesar de tudo isto é possível verificar o amor desta mulher educadora pela educação e por sua profissão. E elas continuam empáticas, criativas, adaptando suas práticas pedagógicas à condição social e ambiente onde trabalha, além de serem vetores de transformação social em muitas comunidades e setores da sociedade.
Que sejamos resilientes e possamos comemorar estas vitórias diariamente, sendo apoiada pela sociedade e por uma legislação forte e que penaliza com rigor quem restringe estes direitos ou ceifa sonhos.
Viva a mulher e suas conquistas!
Luciana Cordeiro Felipetto é Mestre em Ciências da Educação.